quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sair, procurar a felicidade em algum lugar da estrada.




Às vezes dá vontade de sair pelo mundo, sem direito a carta de despedidas, sem muita bagagem, sem nenhum porta retrato que nos lembre qualquer rosto, arrumar o essencial e partir. Bater a porta, sem nada que nos prenda, nada que nos faça voltar atrás.
Correr pela rodoviária, e apanhar o último comboio, ir olhando a paisagem pelo caminho sem nenhuma lembrança, sem nenhuma saudade, sem nenhum sentimento especial, aquele raro sentimento de não se sentir parte de nada, de ninguém.
Por vezes dá vontade de fazer daquelas viagens que não sabemos quando voltaremos, pra onde iremos, mas sabemos que encontraremos um lugar que nos acolha, nos permita ficar, nos ofereça silêncio.
E retonar um dia, porque está na essência do homem a necessidade de regresso as raizes, da volta à casa.
Mas voltar mais curada, mais crente, mais em paz, disposta a enfrentar melhor os dias.

IMELDA SITOLE

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